A S RESPONSABILIDADES DE UM DISCIPULADOR
“Porém ele lhes respondeu: Dai-lhes vós mesmos de comer. Disseram-lhe: Iremos comprar duzentos denários de pão para lhes dar de comer?” – (Marcos 6.37).
Na meditação de hoje quero trazer uma reflexão necessária: Até onde vai nossa responsabilidade no discipulado? No texto base para nossa reflexão temos algo interessante, o grande milagre da multiplicação. Porém, quero chamar sua atenção para o verso 37.
Antes de Jesus expressar o verso 37, os apóstolos estavam extasiados diante dos resultados obtidos na missão recebida por eles, (Marcos 6.7-13) quando chegaram com a missão cumprida começaram a narrar tudo que eles haviam feito e ensinado. Jesus reconhece o trabalho deles e sugere um descanso depois de um trabalho extenuante, onde eles não tinham tempo nem para comer por causa da grande demanda de pessoas. Mas o descanso não foi longo, logo as pessoas vinham de novo ao encontro deles, pois as suas ações eram relevantes. As pessoas os reconheciam, sabiam que podiam contar com eles e por isso vinham ao encontro deles.
Creio que os apóstolos de Jesus estavam orgulhosos e felizes, pois eles tinham cumprido a missão, os resultados eram positivos e naturalmente quando isso acontece é muito bom, você não acha? Mas, de repente, os apóstolos perceberam que estava ficando tarde e o lugar onde eles estavam com a multidão era deserto e eles se preocuparam com aquela grande multidão, sugerindo a Jesus: “Vamos dispensá-los para que eles possam chegar a tempo em suas casas e possam comer”. Contudo, a resposta de Jesus para os seus liderados surpreende: “Dai-lhes vós mesmos de comer”.
Diante desta resposta os apóstolos questionam as dificuldades aparentes: “não temos dinheiro suficiente”, “são muitas pessoas”, ou seja, era grande o desafio. Aqui vale a pergunta: Até onde vai nossa responsabilidade como um discipulador? Eles renunciaram suas próprias vidas, pregavam o evangelho, curavam os enfermos, expulsavam demônios, enfim, faziam tudo o que o Mestre havia mandado, mas ainda tinha mais, ir além do que eles pensavam. Onde é o nosso limite? Eles deram o que tinham, cinco pães e dois peixinhos, então respondo: Temos que dar o que podemos dar, ou seja, o que temos. O restante é com Aquele que pode todas as coisas e fará multiplicar para quem necessita.
Com amor e carinho.
Pr. Carlos Dourado
OPBB/SP - 1964