23 de Abril de 2019

Leitura Bíblica: Isaías 20.1-6

Não confiem em príncipes, em meros mortais, incapazes de salvar (Sl 146.3).

Isaías certamente chamou atenção – e não de um jeito agradável – ao andar descalço e nu durante três anos. Mesmo que não fosse uma nudez total (alguns acreditam que ele usava um saiote ou tanga), já era suficiente para passar vergonha.

 Afinal, as pessoas andavam vestidas com túnicas, que cobriam o corpo todo. Mas Deus lhe pedira para andar despido, como os prisioneiros de guerra e escravos. Predizia assim, por encenação do seu profeta, que o Egito e a Etiópia, nações com poderosos exércitos nos quais seu povo, Judá, confiava para se livrar dos temíveis assírios, seriam derrubados. Espantados e envergonhados, os israelitas veriam seus supostos “salvadores” em longas colunas de prisioneiros de guerra, passando por seu território a caminho da Assíria, onde seriam escravos. Então se abalariam: “Vejam o que aconteceu com aqueles em quem confiávamos… E agora? Como escaparemos?” (v.6).

Por que os israelitas não recorriam a Deus, que tantas vezes os salvara no passado? Estavam iludidos com a força do Egito: “(os) que descem ao Egito em busca de ajuda… contam com cavalos. Eles confiam na multidão dos seus carros e na grande força dos seus cavaleiros, mas não olham para o Santo de Israel, nem buscam a ajuda que vem do Senhor!” (Is 31.1).

Assim como Isaías, Cristo também passou três anos “despido” de sua glória celestial (Fp 2.5-8). Ele, que é Deus, veio a este mundo para viver entre os seres humanos, que não passam de escravos de seus desejos contrários à vontade de Deus. Para isso, “vestiu” um traje igual ao nosso, um corpo sujeito a muitas tentações. Por isso e por ter sido totalmente obediente a Deus, agora quem confia somente nele pode usar o seu traje: a justiça perfeita, que lhe dá acesso direto a Deus.

Em quem (ou que) você coloca sua confiança? Lembre-se que só Deus é confiável e seguro para toda eternidade. – Sérgio Vilmar Markus

“É melhor buscar refúgio no Senhor do que confiar nos homens” (Sl 118.8).