03 de Junho de 2019
Leitura Bíblica: Jeremias 23.28-32
Pois aqueles que [Deus] de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho (Rm 8.29a).
Quem não gosta de ouvir palavras agradáveis e promessas de desejos atendidos? É fácil nos agarrarmos a elas como se fossem “profecias”, palavras mágicas, de grande poder, que farão tudo acontecer de acordo com os nossos desejos. Seria fácil, não é?
Bastaria dizer: “Deus vai lhe dar um emprego (ou cônjuge, cura, etc.)” e “plim” – problema resolvido! No entanto, a realidade é bem diferente. Na leitura de hoje, Deus adverte com rigor os profetas que pregavam o que lhes dava na telha e o que o povo queria ouvir. Chama-os de “irresponsáveis” e gente que “não traz benefício algum”.
Deus quer o melhor para nós, mas não nos ilude dizendo que realizará tudo ao nosso contento, muito menos no nosso tempo. Não que ele não tenha poder para isso – afinal, ele é o Deus Criador. Porém ele tem um plano muito mais abrangente para o ser humano, como mostra o versículo em destaque, que começa com nossa salvação por meio de Jesus Cristo.
Isso implica reconhecer-se como incapaz de agradar a Deus e dependente dele em todos os aspectos da vida. Tornar-se parecido com Jesus requer receber o pacote completo, com alegria, paz e perdão, mas também com dificuldades, dores físicas e emocionais, como as de Cristo.
É agradável ouvir promessas de alívio, prosperidade, cura e outros benefícios, mas é prudente ficar atento. É preciso manter em mente que é Deus quem age de acordo com a sua vontade e para o nosso bem.
Ele nunca prometeu realizar todos os nossos pedidos, sonhos e desejos. Por isso, não se deixe influenciar por palavras agradáveis, que massageiam o ego, mas podem ser enganosas (v.32). Lembre-se que toda semente, antes de se transformar numa bela árvore, precisa morrer.
Na vida com Deus também é assim: precisamos morrer para o nosso ego e nossas vontades para que assim o Senhor faça florescer a sua vontade em nós. – APS
Nossas palavras não podem obrigar Deus a agir, mas nossa submissão a ele abre o caminho para sua ação.