22 de Junho de 2019
Leitura Bíblica: Lucas 22.1-6
[Jesus disse:] “A mão daquele que vai me trair está com a minha sobre a mesa. O Filho do homem vai, como foi determinado; mas ai daquele que o trai!” (Lc 22.21-22).
Quanto mais leio a Bíblia, maior é minha percepção do valor que Deus dá aos relacionamentos. Isso fica ainda mais evidente na vida de Jesus aqui na terra. Quantas pessoas tiveram a oportunidade de conversar com ele, abraçá-lo, ter sua companhia numa refeição, numa viagem ou pescaria? Você já imaginou sair para pescar com Jesus numa tarde? Isso seria muito bom!
No meio de tantos que estiveram com ele, um grupo se destacou: os Doze – homens que seletivamente foram convidados a serem discípulos e amigos íntimos de Jesus. Entre eles estava Judas Iscariotes. Infelizmente, seu relacionamento com Jesus ficou marcado pela traição, pelo beijo que entregou o Senhor à prisão e à morte (Lc 22.47-48).
É decepcionante ser traído pelo próprio amigo, por aquele com quem você compartilhou sonhos, intimidade, tristezas e alegrias. Mas quem pode trair senão alguém em quem confiamos?
As mais profundas dores são causadas em nós pelas pessoas que desfrutam do nosso afeto e compartilham conosco uma relação de amor. Quanto maior o sentimento e a profundidade do relacionamento, maior a dor se há deslealdade.
Não é difícil encontrar outras histórias de traição, ainda mais em nossos dias! Vivemos numa época em que os relacionamentos estão líquidos e superficiais, as amizades duram muito pouco e são diluídas por bem menos que trinta moedas de prata.
A pior das traições é aquela camuflada com afeto, acompanhada de carinho e disfarçada de amor. Por outro lado, o perdão de Jesus concedido a quem o feriu nos encoraja a continuar abraçando as pessoas, desenvolvendo relações baseadas na confiança e na amizade. Jesus não deixou que o medo da traição fechasse o seu coração para as possibilidades do amor. Sigamos seu exemplo! – Reginaldo Francisco
A reação de Jesus quando foi traído nos ensina que é possível perdoar até mesmo uma traição.