19 de Julho de 2019

Leitura Bíblica: Miqueias 7.14-20

Mas, quanto a mim, ficarei atento ao Senhor, esperando em Deus, o meu Salvador (Mq 7.7a).

Quando menino, eu morava no fim da cidade, numa rua bem movimentada. No barranco do outro lado da rua havia uma placa bem grande, toda branca, com apenas uma frase. Quando eu voltava da escola, sempre a pé, não tinha como não ler, dia após dia, aquela frase: “Cristo é a única esperança”. É o que ele se tornou para mim, anos depois.

O profeta Miqueias também via apenas uma solução para sua nação, cuja situação era de declínio espiritual, moral e social. O futuro do povo parecia sombrio. A não ser que houvesse um profundo arrependimento nacional, o país seria destruído e seus habitantes levados cativos pelos assírios e babilônios. Assim, ele começa seu livro desesperançado: “a ferida de Samaria é incurável e chegou a Judá” (1.9).

No entanto, ele interrompe seu pessimismo aqui e ali, ao vislumbrar a futura vinda do Messias, o que lhe renovava a esperança por dias melhores. Mesmo que o anunciado juízo divino se cumprisse para com seu povo, como de fato aconteceu, haveria para ele também um futuro glorioso, quando viesse o Rei enviado especialmente por Deus para resgatar a nação de sua miséria espiritual.

Na leitura indicada para hoje vemos que a esperança do profeta se firmava em quatro pilares: no cuidado de Deus com seu povo, na promessa do Senhor de que voltaria a libertá-los, como nos dias da saída do Egito, no seu perdão completo e irrevogável e na fidelidade que ele jurara aos ancestrais da nação.

Até hoje, a situação do ser humano é a mesma dos israelitas: queremos viver por conta própria, mas isso nos afasta de Deus. Miqueias mostra que insistir nessa atitude só pode ter um resultado: ser atropelado pelo juízo de Deus. A única esperança é arrepender-se dessa rebeldia, aceitando que a morte de Cristo ocorreu em seu lugar: assim você pode ter o perdão total de Deus e a vida eterna com o Senhor. – Sérgio Vilmar Markus

Em Cristo, sempre há esperança de um futuro com Deus, apesar da triste realidade do presente.