06 de Agosto de 2019

Leitura Bíblica: Deuteronômio 9.1-6

Jesus disse [aos fariseus]: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores” (Mc 2.17).

Alguns amigos meus jogavam campeonatos de futebol em acampamentos e, embora seus times não contassem com bons jogadores, eram campeões com frequência. A tática adotada por eles era provocar os adversários, chamando-os de “abençoadinhos”, a fim de irritá-los. A regra era que, se um atleta pronunciasse uma palavra de baixo calão, seria advertido com cartão amarelo e, ao repetir, expulso. Assim, os jogadores do outro time levavam cartão vermelho e, em menor número, o adversário era vencido.

Meus amigos acabavam por ser campeões não por jogarem melhor, mas por problemas no time adversário. Sua vitória era muito mais um castigo para os adversários do que uma recompensa pela sua qualidade técnica.

O texto da leitura de hoje traz uma situação semelhante. Os israelitas são exortados a não achar que conquistariam a terra prometida como premiação por sua justiça. Deus lhes daria a vitória para castigar a maldade dos habitantes e para assim cumprir a promessa feita aos patriarcas de Israel. Os adversários seriam muito poderosos, com cidades muradas e difíceis de serem atacadas. Mas o Senhor iria à frente do povo e o levaria à vitória. Faria isso porque estava sendo bom com eles. O mérito era unicamente dele.

Nós também somos abençoados das mais diversas formas pelo Senhor: boa saúde, uma promoção no trabalho ou uma nova proposta de emprego são ótimos exemplos disso. Ainda mais importante é a oferta de recebermos, pela fé em Jesus Cristo, vida eterna e perdão dos erros cometidos. Não é por sermos justos, mas por causa de sua imensa bondade. É pela graça – um favor imerecido. Aliás, só pode receber perdão quem sabe que não o merece. Por isso, seja agradecido a Deus pelas bênçãos recebidas, sabendo que elas vêm pelo amor de Deus, e não por você ser justo. – Cléber Mateus de Moraes Ribas

Graças a Deus que não nos dá o que merecemos, e sim o que ele deseja, com infinita bondade e misericórdia.