26 de de Setembro de 2019
Leitura Bíblica: Atos 9.1-8
Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?” Ele respondeu: “Eu sou Jesus, a quem você persegue” (At 9.5).
Bem-nascido, instruído, Saulo era extremamente zeloso de sua fé. Jesus, que entre outras ofensas inaceitáveis à fé judaica dissera ser o próprio Filho de Deus, fora crucificado, mas seus seguidores, em vez de fugirem, pregavam ousadamente que ele ressuscitara. Não paravam de aumentar em número.
Fanático, com o zelo a ferver, Saulo aderiu à violência: tomou parte da perseguição em Jerusalém contra a “perigosa seita” e, cheio de ódio, tomou providências para viajar até Damasco e prosseguir combatendo essa gente. No caminho, foi envolvido por um esplendor do céu tão intenso que ficou cego. Seus joelhos desabaram, não conseguiu sustentar as costas, os braços também fraquejaram, e o perseguidor ficou derrubado, cara no pó. Ninguém, por arrogante que seja, se sustenta diante da indescritível glória do Senhor. Não lhe restou nada a não ser a rendição completa.
Esse assombro diante da glória do Altíssimo parece estar fora de moda entre os cristãos atuais. Aparentemente perdemos aquele “oh!” de espanto diante da incompreensível maravilha que é a presença gloriosa do Eterno. Embora Deus seja “santo, santo, santo”, estamos tão acostumados com a liberdade de comparecer à sua presença por intermédio de Jesus que conseguimos a “proeza” de orar com displicência sem nem ao menos prestar atenção no que dizemos, tomando parte do culto no qual Jesus prometeu estar presente como se fosse um evento qualquer.
A perda do assombro pela presença de Deus na caminhada diária torna a vida rasa, definida pelas circunstâncias. Os olhos que não enxergam a glória do Pai vagueiam para onde não devem, fixam-se no que é temporal e perdem de vista o Reino de Deus. Que tal nos arrependermos, ou seja, mudarmos de direção? – Miguel Herrera Jr.
Só a visão correta da grandeza de Deus leva a enxergar tudo – nós e as circunstâncias – na devida proporção.