05 de Outubro de 2019
Leitura Bíblica: Miquéias 2.6-11
Se um mentiroso vier e disser: “Eu pregarei para vocês fartura…”, ele será o profeta deste povo (Mq 2.11).
Talvez você conheça o ditado “a voz do povo é a voz de Deus”. A origem da frase é incerta; um dos primeiros registros escritos remonta a um conselheiro do rei Carlos Magno. Porém esta ideia já é encontrada muito antes, tanto entre os romanos como entre os gregos e até em certos personagens bíblicos. O que se pode dizer sobre este ditado, seja onde aparecer? Ele é falso!
Na leitura bíblica de hoje, vemos que o povo se deixava enganar facilmente por falsos profetas. Aceitamos com mais facilidade uma mensagem positiva do que uma crítica, uma repreensão. Isto não quer dizer que toda mensagem positiva seja falsa. Os profetas verdadeiros nos tempos bíblicos também pregavam que a libertação e a salvação viriam. Mas não deixavam de anunciar que os maus seriam julgados e que o povo sofreria por causa da sua desobediência a Deus.
Também hoje o falso profeta anuncia apenas prosperidade e nunca acusa o pecado. Por isto, sua mensagem é enganosa, pois não desmascara a falsidade das pessoas; antes, faz de conta que está tudo bem, para no final ganhar o seu salário. Já o verdadeiro profeta parece um palestrante “desmotivacional”, pois sua principal tarefa é chamar as pessoas ao arrependimento diante do Senhor. Ele diz o que ninguém quer ouvir: que estamos errados, que estamos em dívida com Deus e com as pessoas ao nosso redor, que não fazemos o bem que deveríamos. Ele só se transforma em motivador no fim da mensagem, quando anuncia o perdão e a vida nova com Deus.
A voz do povo não é a voz de Deus, acusa Miqueias. Por isto, fique atento: quem só fala aquilo que agrada o público pode não estar dizendo o que agrada a Deus. E Miqueias deixa claro que a culpa é tanto do povo quanto dos falsos profetas. Apenas um pequeno grupo, os fiéis que aceitam a correção de Deus, poderão desfrutar da verdadeira felicidade que ele concede. – Alexander Stahlhoefer
Desconfie das mensagens fáceis – o evangelho exige algo difícil: arrependimento e mudança de vida.