14 de Janeiro de 2020
Leitura Bíblica: João 18.1-11
Jesus beberia esse cálice em nosso lugar (o v. 11 do texto de hoje demonstra que ele fez isto com convicção).
Pouco antes de ser preso, Jesus estava no jardim do Getsêmani, em profunda angústia, a ponto de seu suor ser como sangue. Ele orava ao Pai (veja o versículo em destaque). O que havia de tão terrível nesse cálice para que Jesus pedisse que o afastasse? Será que ele imaginou a cruz romana e isso o aterrorizou? Antecipou as chicotadas nas suas costas, a coroa de espinhos, os pregos perfurando suas mãos e a lança atravessando seu lado? Um dos significados da figura do cálice é o sofrimento (e isso já seria um bom motivo para que ele pedisse para não passar por ele), mas também há outro, que podemos encontrar, por exemplo, em Sl 75.8 e Jr 25.15-16. Nestes textos, fala-se do juízo divino contra aqueles que provocam a ira do Senhor até que ela “derrame” da taça. O que os homens fariam a Jesus não era pior que a ira contra o pecado que a humanidade receberia. Jesus beberia esse cálice em nosso lugar (o v. 11 do texto de hoje demonstra que ele fez isto com convicção).
Aquela cruz foi terrível, e como foi! Para que todo o pecado passado, presente e futuro recaísse sobre ele, além da justa ira de Deus, Jesus teve de passar também por um distanciamento do Pai. Por isso, citou o Sl 22.1: “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?” (Mc 15.34). Jesus não merecia aquele sofrimento, muito menos a ira e a separação do Pai, pois estes destinavam-se a todos que de fato fizeram jus a eles: eu, você, todo mundo. O ser humano poderia seguir seu curso de destruição total, sem o recebimento da graça e misericórdia, mas Jesus foi até o fim. Ele morreu no meu e no seu lugar, carregou desde o pecado de Adão até aquele último que ainda desconhecemos, levou-os na cruz e gritou: “Está consumado!” (Jo 19.30). Tudo isso para nos reconciliar com o Pai e dar a vida eterna. Você crê nisso? – Gabriel de Araújo Almeida
Jesus enfrentou o cálice do sofrimento e da ira em nosso lugar!