17 de Janeiro de 2020

Leitura Bíblica: Amós 5.21-24

Acaso tem o SENHOR tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? (1Sm 15.22a)

No séc. 20, muitos países do leste europeu foram governados por uma ideologia política que, sendo ateísta, procurou acabar com a religião, qualquer que fosse. Após décadas de severa repressão, acreditava-se que o instinto religioso tinha morrido no coração desses povos. Mas bastou caírem tais governos para que a religiosidade ressurgisse com força. As massas, antes oprimidas, voltaram a manifestar as mais variadas formas de culto, cristãos ou não.

Também em Israel, nos dias de Amós, no séc. 8 a.C., havia muita religiosidade, com festas, assembleias solenes, sacrifícios, holocaustos, ofertas de manjares, cantos de adoração a Deus e muitas outras práticas religiosas. Talvez nos surpreenda saber que o Senhor se aborrecia com todas aquelas atividades. Não tinha nenhum prazer nelas, chegando a pedir que afastassem dele os cânticos e as melodias entoadas em seu nome. O motivo era o fato de que não havia retidão e justiça (v.21) na vida de seu povo, apesar de sua religiosidade exterior.

Deus não era contra os sacrifícios, as festas e a adoração em si. Afinal, ele mesmo dera leis claras a respeito. Mas, sem uma vida de obediência à sua palavra, tudo isso perdia o sentido. A religiosidade – a busca por um sentido espiritual, transcendente e eterno – faz parte da natureza humana. Mas, se não for transformada pelo Espírito de Deus, continuará infectada pelo pecado (nosso egoísmo e autossuficiência em relação ao Senhor) e nos afastará dele.

O fato de haver intensa vida religiosa numa igreja, cidade, país ou mesmo na vida de alguém não é sinal de que essa conduta seja aceitável para Deus. Para o Senhor, mais importante é amá-lo acima de tudo e ao nosso próximo como a nós mesmos (Mc 12.33). O que ele vê ao olhar para mim e para você? – Sérgio Vilmar Markus

Religiosidade exterior só tem valor quando é acompanhada por uma vida diária obediente a Deus.