26 de Janeiro de 2020
Leitura Bíblica: Salmo 8.1-9
Que é o homem, para que com ele te importes? (Hb 2.6b)
Quando leio este salmo, tenho a impressão de que o poeta resolveu glorificar a Deus, contemplando e enumerando as belezas de sua criação, mas então, como que embasbacado com a grandiosidade divina, parece perder as palavras e termina sua oração limitando-se a repetir o que já tinha dito no começo. Talvez tenha concluído que a eternidade toda não seria suficiente para terminar a tarefa.
Desde o princípio, o salmista percebe que, apesar da enorme diferença entre Deus e ser o humano, o Senhor concede a este uma posição especial. O Criador – maior, mais glorioso e mais sublime que o universo inteiro – quer e aceita o louvor de seres tão fracos e indefesos como crianças e bebês. Na verdade, essa adoração tão simples já é suficiente para calar adversários e inimigos de Deus!
Não é de admirar que a simples contemplação da criação divina nos leve a reconhecer como somos diminutos. Ainda mais espantosa é, então, a percepção de que, de tudo o que o Senhor fez, a maior criação é o próprio ser humano, colocado acima de “todas as obras” das mãos de Deus!
Muitos séculos depois, o autor de Hebreus lembra desse salmo e usa as mesmas palavras do salmista sobre a pequenez do ser humano para dar mais uma indicação do quanto Deus ama a sua criatura. A fim de reconciliar consigo a humanidade e permitir-lhe novamente livre acesso à sua presença, o Senhor permitiu que seu próprio Filho se tornasse tão pequeno quanto nós. Fica claro que nada no ser humano o faz merecer essa atenção de Deus, que brota tão somente de seu amor.
Prezado leitor, se ao contemplar a linda natureza você se sente inspirado a louvar a Deus simplesmente pela perfeição do que está vendo, lembre-se da conclusão do autor de Hebreus na mesma situação: o ser humano pode ser minúsculo diante de Deus, mas Jesus morreu por ele – tamanho é seu amor! – Manoel de Jesus The/Doris Köber
O que mais exalta o nome de Deus é sua obra redentora por meio de Jesus.