01 de maio de 2018
Leitura Bíblica: Levítico 6.8-13
Quem me serve precisa seguir-me; e, onde estou, o meu servo também estará. Aquele que me serve, meu Pai o honrará (Jo 12.26).
Um problema sério na sociedade é a diferenciação que as pessoas fazem entre um serviço e outro. Alguns recebem maior importância, e outros nem sequer são notados. Não é à toa que poucas pessoas se apresentem para funções mais humildes, embora o trabalho possa ser tão ou até mais importante para a coletividade do que outro supostamente “superior”. Um exemplo: qual trabalho é mais significativo para a cidade, o do varredor de rua ou o do seu gerente? Este pode até receber um salário maior, mas se não fosse o varredor, ele nem mesmo teria um emprego.
Alguns detalhes da leitura bíblica ressaltam a dignidade do trabalho. O sacerdote não era responsável apenas pelo ritual da oferta. Sua tarefa só estava completa quando limpasse o altar e levasse as cinzas para fora do acampamento. Um serviço literalmente sujo, que ele mesmo tinha de fazer. O fogo precisava ficar aceso o tempo todo, inclusive à noite – outro trabalho ingrato que era responsabilidade do sacerdote. Não havia diferença de “santidade” ou “importância” nas atividades relacionadas ao culto – do sacrifício público à limpeza e à vigilância noturna.
Consta que Billy Graham, ao participar de uma conferência para líderes em um local muito luxuoso, notou que um senhor idoso varria o local todas as tardes. Ao conversar com o homem, ficou profundamente comovido quando este lhe contou: “Sou o proprietário desse local, mas quando vi que ninguém queria essa tarefa, me ofereci”.
Isso é servir como Cristo. A dignidade não está na tarefa em si, mas para quem a estamos realizando. Portanto, não importa se o trabalho é na igreja, na empresa, na escola, na rua ou em qualquer outro lugar. Realizá-lo como serviço a Cristo iguala todas as tarefas. Todas têm a mesma dignidade. – MJT
A mais simples das tarefas diárias