29 de Novembro de 2019
Leitura Bíblica: Mateus 5.43-48
O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa… (Jr 17.9a)
Você já ouviu falar em peso-padrão? Trata-se de um objeto usado para calibrar balanças. Ele pode ter 1 kg, p.ex. Colocando-o sobre a balança, verificamos se ela está funcionando corretamente. Qualquer variação na pesagem indica erro do equipamento, pois o peso-padrão é o parâmetro oficial para a medida em questão. Este tipo de padrão oficial existe não somente para pesos, mas também para tempo, volume, comprimento, etc.
No discurso em Mateus 5, Jesus abordou diversos problemas dos relacionamentos interpessoais: homicídio, adultério, divórcio e vingança. Por mais que o ser humano tente negar, a causa fundamental para os conflitos é uma só: egoísmo. Baseamos nossas decisões e ações em nossas emoções, como se amar fosse igual a gostar. Mas isso é como calibrar uma balança usando um quilo de sal comprado no mercado. Que garantia temos de que o pacote realmente tem o peso que diz ter? Assim é com nosso amor: quem garante que realmente amo aquela pessoa, em vez de apenas “gostar” dela? Basta ver o que Jeremias diz, no versículo em destaque, sobre o coração – isto é, nossos sentimentos.
Precisamos então de uma referência garantida, uma “medida-padrão” para o amor. A única forma de andar juntos em paz é ter um critério de conduta que não seja ditado pelas emoções dos envolvidos. É isso que Jesus apresenta no texto de hoje: o “amor-padrão” para nossos relacionamentos é o de Deus. Sua instrução é: “Amem seus inimigos” (v.44) e “sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês” (v.48). Que amor perfeito é esse, então, que pode servir de parâmetro para os nossos relacionamentos? Nós podemos encontrá-lo em Romanos 5.8: “Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores”, ou seja, seus inimigos. Este é o padrão de amor que Jesus ensinou – e que ele aplicou pessoalmente ao morrer na cruz por mim e por você. – Doris Korber
Um padrão válido não pode variar de acordo com fatores externos – e o amor de Deus nunca muda!